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Violência contra a mulher é tema de palestra no Asilo Nicolino Gulhot, em Resende

As denúncias de violência doméstica lideram com larga margem o ranking dos acionamentos ao Serviço 190

Resende é uma das cidades do estado em que a "Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida" atua - Foto: Evaldo de Castro
A ILPI (Instituição de Longa Permanência de Idosos) Asilo Nicolino Gulhot, no bairro Ipiranga, em Resende, promoveu nesta quinta-feira, 30, às 16h, uma palestra aberta ao público sobre a Lei Maria da Penha e o trabalho da Patrulha da Polícia Militar que atende vítimas de violência doméstica. Os policiais do 37º BPM, cabos Ana Paula e Renato, responsáveis pela "Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida", repassaram informações importantes sobre a violência contra a mulher e as diversas formas em que isso ocorre, seja no ambiente doméstico, de trabalho ou na sociedade, em geral.
Os policiais informaram que o trabalho desenvolvido inicialmente no 38º BPM, em Três Rios, chamado “Guardiões da Vida”, transformou-se em modelo inicial para a montagem do programa, que ao acompanhar mulheres que sofreram ameaças ou agressões, evitou muitos desfechos trágicos. Em 2017, por exemplo, das 823 mulheres que ingressaram no Programa, 647 haviam sofrido agressões anteriores. Após o acompanhamento da equipe de policiais militares especializados, a reincidência de agressões caiu de 79% para 3,5%.
Ao longo de 2019, no estado do Rio de Janeiro, foram registrados cerca de 1.500 atendimentos em casos de violência contra a mulher. No Sul Fluminense ocorreram 60 prisões e 230 mulheres recusaram o atendimento da Patrulha. As denúncias de violência doméstica (na maioria dos casos contra mulher) lideram com larga margem o ranking dos acionamentos ao Serviço 190. No primeiro semestre de 2019, das 164.581 chamadas recebidas pelos operadores do serviço, 30.617 eram para atender ameaças contra mulheres, quase o dobro do segundo item mais solicitado - averiguação de disparo de alarme.
Além do 38º BPM, outras nove unidades operacionais desenvolvem o projeto: 7º BPM (São Gonçalo), 10º BPM (Barra do Piraí), 11º BPM (Friburgo), 12º BPM (Niterói), 26º BPM (Petrópolis), 28º BPM (Volta Redonda), 30º BPM (Teresópolis), 35º BPM (Itaboraí) e 37º BPM (Resende). O presidente da ILPI, José Roberto da Silva, acredita que, na medida em que a Patrulha Maria da Penha ganhar visibilidade e conquistar ainda mais a confiança das mulheres, muitas delas que sofrem violência caladas por constrangimento, os resultados do programa serão ainda mais expressivos.
- Nossos agradecimentos ao comando do 37º BPM e aos cabos Ana Paula e Renato, que nos repassaram informações importantes sobre um assunto que, infelizmente, ainda ocorre na sociedade, a violência contra a mulher. É tarefa de todos atuar para que esse contexto gradualmente tenha fim - concluiu. 

Um comentário:

  1. Parabéns!foi uma palestra muito rica em esclarecimento e desconhecida da população. Vamos divulgar...

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