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Dívida pública fecha 2019 em R$ 4,2 trilhões

Valor é 9,5% maior que o de 2018

Mansueto de Ameida disse que a equipe econômica está preocupada com a situação das contas fluminenses - Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

A dívida pública fechou o ano passado em mais de R$ 4,2 trilhões. O valor é recorde e foi 9,5% maior que o de 2018. Para este ano, a expectativa é que a dívida fique entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,7 trilhões, o que significará um novo recorde. 
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, vê com otimismo o resultado. Segundo ele, o ano de 2019 terminou numa situação muito melhor do que o governo esperava. "A gente ainda está no meio de um ajuste fiscal, ele não está completo. Apesar do governo ainda ter as contas no vermelho, a gente teve uma trajetória muito positiva da dívida pública”, disse.
Ele entende que nos últimos anos o governo gastou mais do que arrecadou. "Isso é a dívida pública. Para ajudar a fechar as contas, o Tesouro Nacional emitiu títulos públicos, que são vendidos no mercado financeiro. A maior parte dos títulos que vencem até o fim deste ano tem rendimento prefixado, ou seja, um valor fixo, definido no momento da compra", analisa.
Mansueto informa que há ainda outros títulos que são flutuantes e rendem de acordo com a variação da inflação ou da taxa básica de juros, a Selic. Com a inflação e a Selic em trajetória de queda, os investidores tinham dado preferência a títulos prefixados. Segundo ele, a expectativa com o aquecimento da economia e o consequente aumento da Selic e da inflação, provocou aumento na procura por títulos flutuantes. 
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, há um vencimento total de R$ 808 bilhões em títulos que vão vencer em 2020 e 61% deles são prefixados, com apenas 21% sendo flutuantes. "O grande desafio pra gente mudar a estrutura da dívida pública para a direção de títulos pré-fixados é a partir de 2021”, conta. 
Mansueto Almeida destacou que as prioridades econômicas do governo no Congresso Nacional são as propostas de independência do Banco Central; a PEC Emergencial, que define uma série de novos cortes de despesas na administração pública; e a Reforma Tributária. O secretário do Tesouro Nacional acrescentou que a equipe econômica está preocupada com a situação das contas fluminenses. Se o governo do Rio de Janeiro não conseguir pagar até o fim do ano as dívidas que contraiu com os bancos, o valor deverá ser quitado pela União que, em troca, assumiria o controle da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio (Cedae).

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