Governo anuncia recontratação de
servidores para agilizar fila
Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho (esq.) anunciou o afastamento do então presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O secretário especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, anunciou a demissão do
presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira. Segundo Marinho, Vieira pediu
afastamento do cargo para desenvolver projetos pessoais. O secretário de
Previdência, Leonardo Rolim, assume interinamente o cargo.
Rogério Marinho disse que a
prioridade agora não é indicar um novo presidente do instituto, mas editar uma
Medida Provisória para contratar servidores públicos civis do INSS, para
acelerar o atendimento ao público. São pessoas que já trabalharam no órgão como
concessores de benefícios, e agora estão aposentados.
Todos os meses, o INSS
recebe quase 1 milhão de pedidos de benefício. Marinho avalia que, quando todos
os trabalhadores temporários entrarem em atividade, será possível regularizar
os processos em até quatro meses.
“Na hora em que
estabelecermos o processo de seleção, no primeiro mês vamos conseguir integrar
ao sistema três mil pessoas. No segundo mês e no terceiro mês, mais 1,5 mil
cada. Então é um processo gradativo dado a dimensão e complexidade de um
processo desse naipe. E ele passa a ser um pouco mais complexo porque nós
estamos ao invés de nos debruçarmos em apenas uma carreira, estamos trazendo
também funcionários públicos civis, que têm características distintas e isso
tem que ser levado em consideração”, disse.
De acordo com Rogério
Marinho, dos sete mil servidores do INSS que se aposentaram no ano passado,
cerca de 1,5 mil atuavam como concessores de benefícios. O objetivo é que eles
e outros, que se aposentaram antes, possam voltar à ativa para ajudar na
concessão dos benefícios que estão acumulados. A expectativa do governo é de
que essas contratações custem de R$ 13 milhões a R$ 15 milhões por mês.
Há duas semanas, o
secretário já havia anunciado a contratação de sete mil militares, com
adicional de até 30% no salário. Agora, o plano ainda é contratar esses
trabalhadores, mas compondo o grupo com civis e militares, que vão atuar no
atendimento nas agências do INSS e na concessão dos benefícios. Os civis também
devem receber bônus de até 30%.
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