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Netflix celebra dia do orgulho LGBTQ+ com cenas de Sex Education, Orange e mais... 


 A Netflix produziu um vídeo especial para o dia do orgulho LGBTQ+, que foi celebrado ontem ao redor do mundo. Com pouco menos de 2 minutos, o vídeo traz cenas de diversas produções do serviço de streaming que incluem personagens LGBTQ+.

O começo e o final do vídeo trazem a bela cena entre Eric (Ncuti Gatwa) e seu pai (Deobia Oparei) na primeira temporada de Sex Education. Ao ver o filho produzido para uma festa da escola, o pai de Eric diz que se preocupa com o filho por "ele ser tão diferente". "O seu medo não me ajuda, pai", diz o jovem.

Depois, vemos momentos das séries Special, Orange is the New Black e La Casa de Las Flores, que tocam na sexualidade de alguns de seus personagens principais, e especialmente na relação deles com suas famílias. Quando retornamos para a cena de Sex Education, o pai de Eric declara, de forma emocionante: "Talvez eu esteja aprendendo com o meu filho corajoso". 

Fonte:uol

Workshop 'Minha Carreira' tira dúvidas de estudantes sobre o futuro das profissões

Por Coaching Resende
Evento reuniu profissionais de diferentes segmentos e tirou dúvidas de cerca de 200 estudantes

“Coragem” foi a palavra que definiu o workshop “Minha carreira”, que levou cerca de 200 estudantes à Universidade Veiga de Almeida (UVA) da Tijuca. Entre as dicas dos profissionais convidados de diferentes segmentos, aprender com os erros e não ter medo de arriscar foram as mais destacadas. O evento foi realizado nesta terça-feira pelos jornais O GLOBO e EXTRA em parceria com a UVA.

O influenciador digital Leo Picon deu dicas aos alunos sobre como gerenciar a própria imagem para construir uma carreira. Premiado como Homem do Ano pela GQ em 2018, Leo também é modelo, ator e cantor. Além disso, é dono da grife Approve, da hamburgueria Luz, Câmera, Burguer e da produtora de vídeo Rol Filmes.

— Comecei a postar fotos na internet e aproveitei cada oportunidade que apareceu. O que importa é ter amor no processo, e não na finalidade. Saiba se vender, mostrar seu trabalho. Ninguém vai fazer tanto pelo seu futuro quanto você mesmo — destacou.

Líder de aquisição de talentos com experiência internacional em marcas como Gillette Company e Coca-Cola Company, Alessandra Nogueira destacou as tendências profissionais para os próximos quatro anos.

— Estudos mostram que a indústria 4.0 deve criar 30 novas profissões. Para exercê-las, será necessário ter conhecimento de análise de dados aplicados a experiência do usuário —comentou.

A recrutadora também aproveitou o momento para falar sobre a ameaça tecnológica às antigas profissões. Para Alessandra, este é o melhor período para exercitar o que é mais humano e menos mecânico, trabalhar com empatia e fazer a diferença nas atividades.

Chefe de vendas e compras internas da Stone Pagamentos, Thais Malatesta dividiu com o público sua trajetória na startup. A profissional acredita que o diferencial de uma carreira de sucesso é gostar de pessoas e manter o foco no resultado.

— Algumas entrevistas tiram o candidato da zona de conforto. Aproveite essas oportunidades para mostrar quem você é descobrir paixão no que faz. O trabalho vale a pena quando o profissional é feliz — afirmou.

Fonte: O Globo (https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/workshop-minha-carreira-tira-duvidas-de-estudantes-sobre-futuro-das-profissoes-23766291)

Por que você vai ver cada vez mais séries brasileiras na Netflix...


Os primeiros seis meses de 2019 marcaram uma investida sem precedentes da Netflix em relação aos conteúdos originais brasileiros. Quando junho acabar, a gigante do streaming terá lançado cinco séries "made in brazil", entre novas temporadas e atrações completamente inéditas. E não há planos de parar por aí: até 2020, a Netflix trabalhará em nada menos do que 30 produções no país incluindo aí animações, filmes e (mais) séries.

É o resultado de um trabalho que começou de forma tímida em 2016, com a estreia da ficção científica 3%. A série criada por Pedro Aguilera e estrelada por Bianca Comparato deu o que falar aqui e no exterior, e conquistou uma audiência cativa - tanto que chegou, em maio, a sua terceira temporada. A ela, se seguiram o drama O Mecanismo, baseado na Operação Lava Jato; a sitcom Samantha; e Vai Anitta, uma docusérie sobre a cantora brasileira.

Para dar o pontapé em 2019, a Netflix elegeu seu primeiro drama de época: Coisa Mais Linda, que trouxe o Rio de Janeiro dos anos 1960 como pano de fundo para uma trama que mistura empoderamento feminino e bossa nova. E agora, no dia 28, a plataforma estreia a inédita O Escolhido, um suspense sobrenatural calcado nos mitos do nosso Pantanal.

 Estão previstas para estrear ainda este ano as séries Sintonia, parceria com o produtor e diretor Kondzilla, e Irmandade, drama centrado em uma facção criminosa.

"O Brasil é um mercado muito rico, muito dinâmico, e queremos investir cada vez mais. Estamos aqui com essa proposta e esse compromisso", disse Maria Angela de Jesus, diretora de produções originais da Netflix no Brasil. "É um volume muito grande, mas a gente confia muito na força das histórias brasileiras, na força da nossa cultura e da nossa cor local, é isso que atrai o público em toda parte do mundo.

A expansão no Brasil, explicou a executiva, está alinhada a uma estratégia global da empresa, que viu séries como Kingdom (Coréia do Sul), Dark (Alemanha) e La Casa de Papel (Espanha) extrapolarem os seus países de origem para se tornarem fenômenos internacionais.

"O público busca produções internacionais, busca esse olhar sobre outros locais, buscar esse olhar que traz histórias de tudo quanto é parte do mundo. Foi muito legal 3% comprovar isso, a série estreou e teve 50% da sua audiência vinda justamente de outros países, como Canadá, França e Itália. É bacana comprovar que havia de fato essa curiosidade, esse interesse pelas histórias, não importa de onde elas venham".

fonte:uol

Os lançamentos da Netflix nesta semana (24/06 a 30/06).


Confira as principais estreias do catálogo da Netflix para os próximos dias

Todas as semanas, a Netflix adiciona novas filmes e séries ao catálogo, oferecendo sempre novas opções de conteúdo para seus assinantes, e é sempre bom saber o que vem por aí no serviço. Por causa disso, confira as principais estreias previstas para os próximos dias na plataforma de streaming.
Tem série brasileira entrando no catálogo da Netflix: "O Escolhido" mostra a história de três médicos determinados a levar a vacina do zika até o Pantanal que precisam enfrentar mistérios de um culto local.

Além disso, John Shaft está de volta em uma nova comédia de ação produzida pela Netflix: no quinto filme da série Shaft, o famoso detetive descobre que filho de peixe nem sempre peixinho é.

Confira abaixo as principais novidades da Netflix entre os dias 24 e 30 de junho de 2019:

Séries
  • Chefe de Gabinete (24/06)
  • Forest of Piano - temporada 2 (24/06)
  • Primeira Vez Amor - temporada 2 (26/06)
  • Funcionário dos Céus (26/06)
  • 7SEEDS (28/06)
  • Dope - temporada 3 (28/06)
  • Flagrantes de Família (28/06)
  • O Escolhido (28/06)
  • Paquitas Salas - temporada 3 (28/06)
  • Provas Suspeitas (28/06)
  • Vis a vis - temporada 2 (28/06)
Filmes
  • Shaft (28/06)
Documentários e especiais
  • Mike Epps: Only One Mike (25/06)
  • Daniel Sosa: Maleducado (27/06)
Infantil
  • Motown Magic - temporada 2 (28/06)

Documentário sobre impeachment de Dilma estreia na Netflix

O documentário "Democracia em Vertigem", dirigido por Petra Costa, aborda a polarização política brasileira, que resultou no impeachment de Dilma.


Tudo começou com o chileno Patricio Guzmán. Não, foi antes. No processo eleitoral de 2014, Petra Costa sentia o país dividido, mas ainda não havia experimentado a urgência de sair para a rua com sua câmera para documentar o que se passava. Mas aí veio 2016, o mar de gente vestindo verde/amarelo.
Ela havia visto recentemente o tríptico de Guzmán, A Batalha do Chile – A Insurreição da Burguesia, O Golpe de Estado e O Poder Popular. Foi aí que Democracia em Vertigem começou a nascer para ela. Entender o Brasil, o que se passava – tudo. “Começou com o impeachment da (presidente) Dilma Rousseff, mas aí era preciso entender como havíamos chegado àquilo.”
E ela prossegue: “O projeto foi crescendo na minha cabeça. Era preciso voltar à rua, seguir o processo no Congresso, documentar o que estava se passando no País. Só que para isso tive de voltar às greves do ABC. E, filmando os acontecimentos, dei-me conta do isolamento no Planalto Central. Voltei a Juscelino (Kubitschek) e à construção de Brasília. E, nem assim, o filme me parecia completo. Veio o novo processo eleitoral, a candidatura de (Jair) Bolsonaro”. O resultado de todo esse esforço está disponível na Netflix, a partir desta quarta-feira, 19.
O filme teve sua estreia mundial em Sundance, em janeiro, e depois disso percorreu um importante circuito de festivais. Ganhou muitos elogios. Em diferentes países, Petra ouviu gente lhe dizer que não havia feito um filme só sobre o Brasil, e que o filme dela captava um momento crítico da história do mundo, ajudava a entender os EUA sob Donald Trump, a direitização de vários países da Europa.
Para o cinéfilo brasileiro, que conhece melhor a autora – de Elena e O Olmo e a Gaivota -, não será surpresa vê-la assumir sua marca, a narrativa em primeira pessoa. O filtro é o olhar de Petra, a forma como ela viveu e sentiu esses anos. Mas há um plus a mais, como diria Daniel Filho – Petra pertence a uma família rica, do ramo da construção (Andrade Gutierrez). Ela faz o filme de uma perspectiva de classe. Diz, textualmente, que essa “guerra” está sendo levada por sua classe, contra os pobres.
Ela entrevista a própria mãe, que diz que os processos da Lava Jato carregam uma novidade no combate à corrupção. Mas a mãe também reflete que a elite está disposta a sacrificar uma parte de si para mascarar o que chama de partidarização do processo.
Por mais que considere o Brasil surreal, Petra, ao se lançar ao filme com a Netflix e investidores estrangeiros, de fundos internacionais – não queria investidores brasileiros para garantir sua independência -, jamais imaginou que Democracia em Vertigem chegaria ao público nesse momento particular da Lava Jato. O que a moveu foi uma convicção profunda.
“No filme sobre a morte da minha irmã (Elena) e, em O Olmo e a Gaivota, em torno de uma gravidez, estava convencida de que o que, às vezes, parece muito íntimo, é também político. Agora, é o inverso, o político é que é íntimo. Perder um ente querido pode ser muito triste, dilacerante, mas estamos na iminência de perder a nação, e aí a dor é infinita. Estou lutando pela minha, pela nossa identidade.”
Não foi fácil chegar à ex-presidente Dilma Rousseff. Petra escreveu-lhe uma carta, pediu ajuda a todo o mundo que conhecia para tentar chegar ao núcleo palaciano. Um dia veio a resposta: “Dilma vai falar, é só esperar”. Passaram-se semanas, e nada. Um dia, veio o alerta: “É agora”.
Petra regressou a Brasília. Dilma concedeu-lhe uma entrevista formal. Não era o que queria, nem a usou no filme. Terminou abrindo o coração – queria outra coisa, mais visceral. O acesso ao carro presidencial, como nesse momento, após a votação do impeachment na Câmara, em que Dilma, singular e paradoxalmente, está no carro com seu advogado. “Ela diz que está vivendo uma situação kafkiana, mas foge ao óbvio. Diz que não é o Kafka de O Processo, mas o de O Castelo, e explica por quê. É simples, direta, e brilhante. É um dos meus momentos favoritos.”
fonte:Exame

Quase um quarto dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha, revela IBGE

Por Coaching Resende

O percentual é mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%


Brasília - Quase um quarto dos jovens brasileiros (23%) nem estuda nem trabalha, segundo os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) sobre educação, divulgados na manhã desta quarta-feira, 19. O percentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%.

"Mas não chamem esses jovens de 'nem, nem'", pediu a pesquisadora Marina Águas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, responsável pela apresentação da pesquisa. "O fato de nem estarem estudando, nem trabalhando não significa que sejam inúteis. Uma grande parte das mulheres, por exemplo, está ocupada com o trabalho doméstico, com o cuidado de idosos e crianças. Há questões de gênero importantes por trás dessa estatística."

A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.

"Moro aqui porque as contas são apertadas", explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. "Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê", conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria. 

Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. "Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar", argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa. 

Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.

"Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa", diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. "Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê."

Jovens

A Pnad revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os percentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017. 

"É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do País", sustenta a pesquisa. "Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade."

A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam - mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os percentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos percentuais mais elevado que o de brancos.

Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.

De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.

Águas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A Pnad contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) - lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.

Analfabetismo

Segundo a Pnad contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas - uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos. Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.

O analfabetismo no País está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário. 

"A taxa de analfabetismo em geral vem caindo, a situação melhorou para o Brasil todo", afirmou Marina Águas. "O que a gente observa é uma questão de idade importante, um componente demográfico. Com esse grupo mais velho falecendo, a tendência é cair ainda mais."

No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 47% da população. O estudo chama atenção para o porcentual de pessoas com o ensino superior completo, que passou de 15,7% em 2017 para 16,5% em 2018. 

A média de anos de estudos dos brasileiros é de 9,3 anos - um número que vem crescendo, em média, 0,2 ao ano. A diferença em relação à raça permanece. Os brancos têm 10,3 anos de estudo, contra 8,4 dos negros. As diferenças regionais também acentuam a desigualdade. O número mais baixo é no Nordeste, 7,9, e o mais alto, no Sudeste, 10,0. 

Rede Pública

A rede pública de ensino formou 74,3% dos alunos na creche e na pré-escola. O porcentual aumenta no ensino fundamental, chegando a 82,3%. No ensino superior, no entanto, a situação se inverte. A maior parte dos alunos é formada por escolas privadas, 74,2%.

"É natural que tendo cada vez mais gente com o ensino médio completo haja uma pressão para a expansão do ensino superior", constata a pesquisadora. "E quem tem a maior capacidade de resposta é a rede privada."

Moro teria 'protegido' FHC em investigação

Por Cristiano Gonçalves

Em novas mensagens divulgadas pelo 'The Intercept', Moro afirma que uma apuração contra FHC poderia "melindrar" alguém cujo ele achava ser importante.

Nas mensagens divulgadas ontem pelo site The Intercept Brasil, Moro afirma que a apuração poderia "melindrar" alguém cujo ele achava ser importante.

O site também publicou supostos diálogos entre os procuradores nos quais eles concluem que a investigação sobre doações de Grupo Odebrecht para o Instituto Fernando Henrique Cardoso se resumiria a um crime tributário, o que enfraqueceria a acusação contra o Instituto Lula e a Lils, a empresa de palestras e eventos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos investigados pela força-tarefa.
A troca de mensagens relatada pelo site teria ocorrido em 13 de abril de 2017, um dia depois de a imprensa divulgar a informação de que a força-tarefa havia enviado à Procuradoria da República em São Paulo dados sobre supostas doações eleitorais via caixa 2 para campanhas eleitorais de FHC em 1994 e 1998. Na época, o suposto crime de caixa 2 estaria prescrito.
Moro teria questionado Dallagnol sobre a iniciativa e alegado que o que vira na TV era muito fraco. O procurador teria concordado com a fragilidade da prova e justificado o ato ao então juiz afirmando que era para passar um recado de "imparcialidade". Foi então, que segundo o site, Moro teria demonstrado contrariedade, pois assim eles estariam melindrando alguém cujo apoio seria importante.
Ainda de acordo com o site, FHC seria citado em nove oportunidades pelos procuradores. Para o Intercept, os procuradores teriam feito "jogo de cena", fingindo investigar o tucano em um caso que sabiam estar prescrito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, questionou, em 2017, em suposto diálogo com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, uma investigação envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

4 alimentos para deixar suas veias e artérias saudáveis

Por Coaching Resende

De tempero à fruta, conheça o poder desses quatro alimentos na prevenção de doenças vasculares

Prevenção continua sendo o melhor remédio contra doenças e desordens no organismo e um dos aliados mais importantes está na dieta, com alimentação saudável. “Alguns alimentos têm a capacidade de ajudar e muito o funcionamento do nosso corpo, facilitando a circulação do sangue, por exemplo.

Então é fundamental, para evitar doenças e ter veias e artérias saudáveis, incluí-los na dieta”, afirma a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. “Pessoas com histórico de doenças vasculares na família podem, com ajuda do médico, começar um tratamento preventivo que vise buscar qualidade de vida e diminuir o risco do aparecimento dessas doenças. E, além da prática de exercícios físicos, a boa alimentação fornece os nutrientes necessários para melhora da circulação”, acrescenta. Conheça quatro desses poderosos alimentos, que vão de tempero à fruta:
Alecrim
Usado há séculos para aliviar dores musculares, melhorar a imunidade e a microcirculação, o Alecrim é rico em uma substância chamada ácido carnósico, que tem importante ação contra os radicais livres. “Além disso, o Alecrim possui o ácido rosmarínico, que desintoxica e reduz a inflamação. Assim, esse tempero é um importante aliado para aumentar a circulação nos pequenos vasos em torno dos músculos e órgãos”, afirma.
Beterraba
Fonte de energia, mas também antioxidante, anti-inflamatório e desintoxicante, a beterraba é um legume capaz de aumentar o fluxo de sangue nos músculos, melhorando também a contração muscular. “Uma das substâncias presentes na beterraba é o nitrato, que é metabolizado no organismo e se transforma em óxido nítrico, que relaxa os vasos e aumenta o fluxo sanguíneo. Essa propriedade, segundo estudos, também melhora a circulação nas veias e previne varizes”, afirma a médica. Um estudo australiano avaliou que um único copo de suco de beterraba é capaz de reduzir a pressão arterial em poucas horas – e o nitrato é o responsável por essa ação de relaxar os vasos e fazer o sangue fluir melhor.
Gengibre
Potente anti-inflamatório, o gengibre combate dores musculares, ajuda contra artrite reumatoide e problemas circulares. “Tudo isso por conta do gingerol, um dos principais compostos do gengibre, que tem alto efeito anti-inflamatório”. Além disso, conta a médica, o condimento possui uma enzima que ajuda a dissolver a fibrina, proteína envolvida na coagulação do sangue. “A fibrina atua no processo de formação dos trombos e também está ligada ao endurencimento das veias varicosas”, explica.
Laranja
Apesar de lembrarmos só da Vitamina C, a laranja é muito mais do que isso e é composta também por flavonoides, polifenóis e antocianinas. “Esses componentes têm importante atuação antioxidante e são capazes de reduzir o colesterol. No caso quando comemos a fruta é ainda melhor, pois as fibras presentes no bagaço atuam para evitar o depósito de gordura nas artérias”, conta a médica. Pesquisadores francesas do Instituto Francês de Pesquisa Agronômica afirmam que a hesperidina, um flavonoide da fruta, favorece o revestimento interno dos vasos. “Isso ajuda na circulação. O potássio presente na laranja também gera impacto positivo na circulação ao balancear o excesso de sódio na dieta”, conta. Um copo de suco de laranja por dia já é o suficiente para esses benefícios.

Congresso será iluminado com cores do arco-íris para celebrar Orgulho LGBT

Por Cristiano Gonçalves

Programação também conta com sessão solene no dia 24 que homenageará personalidades, como o ex-presidente Lula e Jean Wyllys.

O prédio do Congresso Nacional será iluminado no próximo dia 24 de junho com as cores do arco-íris, a exemplo do que já ocorreu em relação às lutas contra os cânceres de mama (Outubro Rosa) e de próstata (Novembro Azul) ou pela paz no trânsito (Maio Amarelo). Desta vez, a homenagem refere-se aos 50 anos da Rebelião de Stonewall, deflagrada em 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos, a qual representa um marco na luta pelas direitos LGBT.
Além da iluminação especial, a Câmara também realizará no dia 24 de junho, às 11h, uma sessão solene na qual serão homenageados vários atores da luta por direitos humanos. Estão na lista dos homenageados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto, além de ex-parlamentares, como Marta Suplicy, Iara Bernardi, Iriny Lopes e Jean Wyllys.
Também serão congratulados com homenagem post mortem a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro, e o psicólogo e escritor João Nery, o primeiro brasileiro homem trans a realizar a cirurgia de redesignação sexual, em 1977, falecido em outubro do ano passado.
Outras instituições também entram na lista das homenagens, entre elas o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNM), que reconheceram e regularam a união civil entre pessoas do mesmo sexo, apesar da inexistência de leis votadas pelo Congresso Nacional nesse sentido.

Stonewall

Em 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos, uma série de manifestações espontâneas de membros da comunidade LGBT ocorreu em reação a uma invasão feita pela polícia de Nova York ao bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan.
Esses levantes são considerados o evento mais importante na luta pelos direitos LGBT e inspiraram Paradas do Orgulho em todo mundo. A iluminação do Congresso ocorrerá um dia após a maior Parada LGBT do planeta, a de São Paulo, e inaugura o Mês do Orgulho LGBT no Congresso.
Além de protestarem contrariamente à repressão da polícia e à violência contra pessoas LGBT, os grupos passaram a apoiar um sistema educacional que ensinasse o respeito a todas as formas de amor. Contaram com a adesão de muitos outros movimentos pelo direito à não discriminação racial, como os ligados à contracultura dos anos 1960.


'Sintonia', série do KondZilla e da Netflix, ganha prévia cheia de funk; confira

Série brasileira feita em parceria com o canal de sucesso vai falar sobre a relação de jovens com o funk.


Nesta segunda (17), a Netflix lançou o trailer de Sintonia, sua nova série original brasileira feita em parceria com o KondZilla.
Com seis episódios de 40 minutos cada, a série vai mostrar a interconexão da música, crime e religião em São Paulo narrada pelo ponto de vista de três personagens diferentes: Doni, Nando e Rita.
Os três jovens crescem juntos na mesma favela, sendo influenciados pelo funk, tráfico de drogas e pela igreja, trilhando caminhos diferentes.


 A série será estrelada pelo funkeiro MC Jottapê, dono do hit "Ladrão da Noite".


fonte:uol

A Política de Resende está de Luto

Por Resende, eu amo, eu cuido...
Foto retirada das redes sociais
Contumaz militante da política Resendense, Vicente Andrade era figura carismática nos processos eleitorais, e teve seu falecimento na data de hoje anunciado em redes sociais.

Sempre com sua participação humilde, com o auto-patrocínio de suas campanhas, com sua fala mansa, abordava o resendense na busca de votos para ocupar cargo público na Câmara de Vereadores da Cidade.

Amigos e conhecidos deixam suas condolências nas redes sociais.
Teve em sua trajetória participação em várias eleições, e desta forma ficou muito conhecido entre os eleitores que por algum motivo não o alçaram a condição de legislador.

Tido pelos amigos partidários que fez ao longo da sua vida política, como homem de paz e grande conciliador dos momentos turbulentos da política resendense.

O velório está acontecendo na Santa Casa de Resende e o enterro será amanhã (18.06.19) por volta das 08:30 horas. 

Sua ausência será notada nas próximas eleições.

A direção de jornalismo do JSD entrega suas condolências aos familiares e amigos.

Descanse em Paz Vicente Andrade!

Rio teve mais de 300 tiroteios perto de escolas

Por Compartilha Rio

Dados são de 2018 do Laboratório de Dados Fogo Cruzado. 


A Unicef e a Cidade Escola Aprendiz promove nesta segunda-feira o seminário “Educação é proteção contra a violência” no Museu do Amanhã, na Região Portuária do Rio. O evento discutirá a educação como estratégia crucial de proteção a crianças e adolescentes e contará com mais de cem jovens de diferentes países.


No ano passado, a cidade do Rio de Janeiro registrou mais de 300 tiroteios no perímetro de 100 metros de escolas e creches da cidade e dentro do horário escolar, das 7h às 17h, segundo informações do Fogo Cruzado.


Especialistas em educação nacionais e internacionais discutirão como o Brasil pode avançar na garantia do direito à educação, mesmo com disputas em áreas onde atuam traficantes e milicianos.


Um levantamento de 2017 realizado pela ONG Redes da Maré destacou que a comunidade ficou 35 dias letivos sem aulas, o que corresponde a 17,5% a menos do que os 200 dias letivos obrigatórios por ano. Se estiverem submetidos a esta situação ao longo de toda a formação, os alunos da região terão perdido 490 dias letivos.


Conheça 7 dicas para viver melhor aos 50 anos

Por Coaching Resende

Estas dicas poderão mudar a sua vida!

Que os 50 anos são os novos 40, ninguém mais tem dúvidas. Afinal, no Brasil, população acima de 50 anos cresce o dobro em relação às outras idades (3% versus 1,5%) e o país já conta com mais pessoas acima dos 50 anos do que com jovens de zero a 14 anos. A questão, portanto, é como fazer dessa década a melhor da vida.

Com a tecnologia e a o conhecimento médico atual, ficou mais fácil ter vitalidade e saúde na idade que, na época dos nossos avós, já significava ter uma perspectiva menor. Atualmente, é nessa idade que estamos mais maduros, sabemos o que queremos e podemos passar a viver de forma plena, sem culpas e com mais tranquilidade. Para que isso aconteça, porém, é preciso equilibrar todas as áreas da vida. O geriatra Paulo Camiz, professor colaborador da disciplina de Clínica Geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), dá algumas dicas sobre como manter uma vida saudável aos 50 anos. 
Dieta equilibrada: quem não se alimenta de forma saudável, precisa repensar os hábitos ao chegar aos 50 anos. Isso acontece porque o corpo pede um equilíbrio de vitaminas para que todas as funções trabalhem de forma correta, reparando os danos celulares que acontecem naturalmente. Por isso, invista em alimentos antioxidantes, como legumes, verduras e frutas, gorduras boas, como o azeite de oliva, cereais integrais e reduza ao máximo o consumo de açúcares.
Sono: já não precisamos dormir o mesmo tanto de horas de que quando estávamos na casa dos 30 anos. No entanto, algumas pessoas passam a ter insônia, o que pode prejudicar a saúde e a energia. Para evitar a falta de sono, prepare o ambiente duas horas antes de ir para a cama: luz baixa, TV e celular desligados, um banho morno e um chá relaxante. E, se acordar no meio da madrugada sem sono, não insista. Saia da cama e vá ler um livro sob uma luz baixa, enquanto o sono não vem.
Saúde mental: quem não se cuida fica vulnerável a sofrer com depressão ou ansiedade. O melhor remédio, portanto, é a prevenção. Não leve mais a vida tanto a sério: procure ter momentos relaxantes, controlar o estresse e estar sempre aberto a fazer novos amigos.
Atividade física: a partir dos 30 anos, passamos a perder 1% de massa muscular por ano. Esse número, que não parece relevante no início, faz uma diferença enorme lá na frente. A palavra da vez, portanto, é manter a massa muscular e ganhar ainda mais por meio da atividade física. São os músculos que nos mantêm independentes, com autonomia para uma caminhada, levantar da cama e outras atividades diárias. Além disso, praticar algum exercício aeróbico previne depressão e afasta doenças cardíacas, além de evitar o surgimento de câncer. 
Controle de doenças crônicas: não deixe um probleminha virar um problemão. Se foi diagnosticado com hipertensão arterial, siga à risca a recomendação do médico de praticar atividade física, reduzir o sal da dieta e tomar os medicamentos prescritos. O mesmo vale para o diabetes: controlar a dieta é fundamental para manter a glicemia dentro da faixa ideal e afastar o risco de doenças cardíacas.
Amigos e família: cultive os amigos e a família, afinal, são eles que nos proporcionam momentos memoráveis. Apesar de a facilidade de fazer novos amigos ter ficado na adolescência, nunca é tarde para encontrar companheiros de alma para escrevermos novas histórias. Socializar é cada vez mais importante conforme os anos vão passando. Aproveite os 50 para fazer amigos que vão permanecer por ainda muitos anos.
Autoestima: quem não gosta de se sentir confiante com suas escolhas, com a aparência e com a própria identidade? Quando estamos com 50 anos, é ainda mais importante nos mantermos com essa afirmação. A autoestima elevada não permitirá que nos abalemos com opiniões, críticas ou fatos que estremeçam nossa estrutura. Com isso, evitaremos o estresse e teremos uma vida mais tranquila. Procure cultivar a autoestima e, se estiver com dificuldades, não hesite em procurar um psicoterapeuta para colocar tudo nos eixos novamente.

ESTRATÉGIA BOLSONARO - Gerenciar crises criando outras

Por Cristiano Gonçalves
“Eu estou ‘por aqui’ com o Levy. Falei pra ele: demita esse cara na segunda-feira ou eu demito você sem passar pelo Paulo Guedes”.
“Esse cara” não era um moleque que sumiu com o dinheiro do pão, como fez parecer Jair Bolsonaro em conversa com jornalistas, mas o futuro diretor de Mercado de Capitais do BNDES, banco de fomento presidido por Joaquim Levy. Entre outras funções, Marcos Barbosa Pinto seria responsável pelo BNDESPar, braço de participações acionárias da instituição, que administra cerca de R$ 100 bilhões para investimentos.
Segundo a colunista do jornal O Globo, Miriam Leitão, o presidente estava incomodado com a relutância dos gestores do BNDES em abrir a “caixa preta” da instituição. O presidente quer detalhes das operações feitas durante os governos petistas, entre as quais empréstimo a Cuba, Venezuela e ao grupo JBS.
As informações são públicas, e facilmente acessáveis, mas Bolsonaro está convicto de que tem coisa escondida ali (alguém se lembra da Lava Jato do MEC, anunciada pelo ministro da Educação que caiu pouco depois? Pois é).
Tanto Levy quanto Barbosa Pinto já atuaram nas gestões petistas. Apesar disso, não passariam perto de serem aplaudidos em uma eventual convenção petista.
Pelo contrário: conhecido como “Chicago Boy”, em razão de seu doutorado na Universidade de Chicago, a meca do neoliberalismo, Levy foi secretário nacional do Tesouro no primeiro governo Lula (quando valia o compromisso da Carta ao povo Brasileiro em tempos de austeridade) e, no fim do governo Dilma, teve uma passagem-relâmpago no Ministério da Fazenda, cargo para o qual foi acionado para elaborar o tal ajuste fiscal que a presidenta negava ser necessário em campanha.
Os petistas jamais engoliram a nomeação. Seu apelido era “mãos de tesoura”.
Durante sua passagem pelo governo, Levy sofreu todo tipo de boicote. Ficou 11 meses no cargo, sendo substituído pelo desenvolvimentista Nelson Barbosa.
Já Barbosa Pinto, doutor em direito pela USP e mestre em economia e finanças pela Fundação Getúlio Vargas, foi chefe de gabinete da presidência do BNDES durante o governo Lula, atuou como assessor informal do governo petista em um projeto de parcerias público-privadas em países africanos e ajudou a elaborar o Prouni, porta de entrada de milhares de jovens à universidade.
Para Bolsonaro, que se gaba de nada entender de economia e prometia terceirizar todas as decisões ao seu ministro da Economia, Paulo “Posto Ipiranga” Guedes, o passado em governos petistas condenava os dois executivos.
Responsável pela nomeação de Levy, Guedes, se não apoiou, não se opôs à fritura.
Tanto nas gestões petistas, quanto no governo Bolsonaro, Levy era uma ponte com os liberais de quatro costados – desses que não digerem interferências no livro mercado nem ataques de fúria como a demonstrada pelo presidente ao colocar a cabeça de dois auxiliares a prêmio.
Então por que comprar essa briga?
Difícil entender a razão das decisões fora da perspectiva paranoide.
Mas a pressa em destampar a “caixa preta” do BNDES, como quem joga para a militância tuteira, acontece no momento em que Bolsonaro atravessa nova zona de turbulência, com as revelações da tabelinha entre seu superministro da Justiça, Sergio Moro, com procuradores em Curitiba, e com a desidratação da reforma da Previdência pelo Congresso.
A semana que começou com um alicerce de credibilidade do governo abalada terminou com Bolsonaro em “modo on fire”, centralizando decisões e demitindo todo mundo que não se curva à sua vontade, inclusive o presidente dos Correios, “que se comporta como sindicalista”, e do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ejetado da Secretaria de Governo pelo grave crime de não atender aos pleitos dos filhos do presidente.
Sabe onde essa centralização personalista também é muito comum? Isso mesmo, na Venezuela.
Com a demissão de Levy, nas contas do jornal O Globo, já são 19 baixas no segundo escalão do governo desde o início do ano, sem contar os três ministros que já não batem continências ao capitão (Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral, Ricardo Vélez-Rodrigues, da Educação, além de Santos Cruz).
O viés é de alta, apesar da relutância de Bolsonaro em demitir o atual ministro do Turismo, acusado de embolsar recursos do fundo partidário por supostas candidatas laranja do PSL, partido do presidente, em Minas Gerais.
Os números mostram uma pequena grande reforma em um edifício entregue aos moradores há pouco mais de cinco meses, e não revelam apenas a falta de planejamento de quem passou 30 anos da vida pública prometendo mudar tudo isso que está aí e, agora que tem chance, patina na própria verborragia.
Revela uma capacidade ímpar de jogar gasolina para queimar pontes e apagar os incêndios no próprio quintal.
Para quem espera algum tipo de estabilidade (ou sanidade?) para tomar qualquer decisão no país, inclusive de investimentos, o amadorismo exposto em praça pública não poderia ser mais preocupante.