Volta Redonda terá uma das unidades que abrigarão presos sem ligação com facções criminosas
Estado diz que presídios verticais vão desafogar as unidades existentes - Foto: Arquivo/Agência Brasil |
O Estado do
Rio vai construir cinco presídios verticais para desafogar as unidades já
existentes e abrigar os presos de baixa periculosidade, que não tenham ligação
com facções criminosas. As unidades prisionais vão contribuir para a inserção
dos detentos ao mercado de trabalho.
Segundo a Seap
(Scretaria de Estado de Administração Penitenciária), o projeto do CPV (Conjunto
Penal Vertical) já está em fase de desenvolvimento. O planejamento inicial é
para a construção de cinco conjuntos: três no Complexo de Gericinó, na zona
oeste do Rio, um em Volta Redonda, na região do Médio Paraíba, e outro em local
a ser definido. Cada unidade poderá atender entre 3.456 e cinco mil internos.
Pelo projeto
preliminar, cada conjunto custará cerca de R$ 82 milhões e será constituído por
três prédios com 11 andares cada um. Nove destes terão celas e dois, salas de
controle, refeitório e estrutura administrativa. As cinco unidades vão ofertar
um projeto de inserção no mercado de trabalho, além de escola e atendimento
médico.
A Seap
informou que uma unidade prisional horizontal comum, com capacidade para
atender entre 400 e 600 presos, custa cerca de R$ 40 milhões. De acordo com o
secretário de Estado de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo, a
iniciativa é importante para dar melhores condições de reabilitação aos
detentos.
“É um projeto
inovador de direitos humanos, que oferece chances reais aos apenados que
realmente desejam mudar de vida e ser reinseridos na sociedade. É um grande
projeto, e vamos trabalhar intensamente para licitar a primeira das cinco
unidades já em 2020”, afirmou Azevedo. Segundo ele, um grupo de trabalho com
servidores da Seap e da Secretaria de Infraestrutura e Obras reúne-se
semanalmente para discutir as diversas necessidades do CPV, com o objetivo de
acelerar a conclusão do projeto para iniciar o processo de licitação.
No ano
passado, foram criadas 1.872 vagas no sistema prisional do Rio de Janeiro. No
dia 16 de dezembro, foi inaugurado o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu,
com 710 vagas - uma unidade que foi transformada em um grande centro de
atendimento à mulher, com empresas para atividades laborativas, escola
estadual, biblioteca, sala de audiovisual, espaço ecumênico, quadra
poliesportiva e atendimento médico especializado.
Outra ação
importante foi a reforma em dois andares do Instituto Penal Oscar Stevenson, em
Benfica, zona norte da cidade, onde foram criadas 512 vagas, ampliando e
melhorando o atendimento às internas. Também houve um aproveitamento de 650
vagas ociosas que não estavam sendo ocupadas por questões de reordenamento e
movimentação de presos em presídios estaduais.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2020-01/rio-construira-prisoes-verticais-para-detentos-de-baixa-periculosidade
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