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Quanto mais maratonas de séries você faz, mais deprimido e sozinho você é


Pesquisa mostra que pessoas solitárias assistem mais episódios de uma vez para deixar os sentimentos negativos de lado.



Segundo uma matéria da revista Galileu, você pensa: vou assistir só mais um episódio antes de ir dormir... mas horas depois, se vê lutando contra o sono para terminar a temporada de uma série querida. Dos muitos benefícios que o serviço de streaming de filmes e seriados Netflix oferece, um dos grandes destaques é a possibilidade de assistir a vários capítulos de uma produção sem parar.

Nos Estados Unidos, esse hábito ganhou o nome de “binge watching”, que nada mais é do que fazer uma maratona de séries, ou assistir a uma temporada de uma vez só.
Parece vício - e chega bem perto de ser. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, sugere que, quanto mais solitário você for, mais tendências tem a ficar horas a fio dedicado a um seriado.
A equipe conduziu uma pesquisa com 316 pessoas com idades entre 18 e 29 anos. Os voluntários tiveram que responder perguntas relacionadas a frequência com a qual assistiam a televisão, que se sentiam sozinhos e que faziam maratonas.
Segundo os pesquisadores, quanto mais deprimidos os participantes, mais tendências eles tinham de dedicar horas a prática do “binge watching”. Além disso, os resultados apontam que os voluntários que tinham mais sentimentos negativos com os quais não queriam lidar e que não dominavam o controle próprio tinham maior propensão a apertar o botão de “próximo” no Netflix sem nem pensar.
“Mesmo que algumas pessoas digam que o ‘binge watching’ é um vício inofensivo, nosso estudo sugere que essa prática não deveria ser vista dessa forma”, diz Yoon Hi Sung, um dos cientistas que conduziu a pesquisa. “Fatiga física e vários problemas de saúde estão relacionados com esse tipo de prática. Mesmo sabendo que não deveriam, as pessoas não conseguem resistir a assistir mais e mais episódios seguidos e, dessa forma, começam a negligenciar suas relações pessoais e de trabalho. Nossa pesquisa é o passo inicial para explorar o ‘binge watching’ e aprender mais sobre os efeitos desse fenômeno.”

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