O
Colégio Agulhas Negras em Resende, realiza parceria com o professor Álvaro
Carvalho e a professora Thaís Fontes e oferta para a sociedade em
geral, curso de formação de Libras.
Thaís
Fontes, professora de Libras, promovia o curso na Escola Espaço do Saber e
acabou ficando conhecida por professores e dirigentes do Colégio Agulhas
Negras. Deste encontro, surgiu a ideia do Curso na Escola Técnica, já que a
Professora sempre o promoveu. Álvaro atuava como professor substituto no espaço
do saber e lecionou o curso no SENAC Resende em 2016.
O
próprio, é o exemplo de que Libras vai muito além do que apenas comunicar,
podendo render uma nova profissão ou no mínimo encorpar currículo de quem o
realiza. Demonstra isso, porque colhe os frutos através do curso de formação e,
atua também como tradutor contratado de uma importante multinacional da região,
que é a Michelin.
E
pra quem não sabe, LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais – é um idioma. É a
língua da pessoa surda.
Para
você entender um pouco do que é esta língua, em LIBRAS, não há distinção entre
letras maiúsculas e minúsculas, também não existe conjugação verbal, é como se
fosse uma linguagem ‘resumida’, quando comparada a língua portuguesa. Por
exemplo escrever uma frase em LIBRAS, é escrever tudo com letras
maiúsculas, em português teríamos: ‘você conhece LIBRAS?’,
escrevendo a frase em LIBRAS, ficará: ‘VOCÊ CONHECER LIBRAS?‘. Não
existe para cada conjugação verbal, um sinal diferente, entende-se a frase pelo
contexto, é a mesma coisa quando se traduz um texto de um outro idioma para a
língua portuguesa, as vezes a tradução ao pé da letra é algo sem sentido, e
então, traduz-se pelo contexto. Entretanto existem sinais que indicam
passado, presente e futuro que são usados junto com os verbos, que também
auxiliam na interpretação dos diálogos em LIBRAS.
A Língua Brasileira de Sinais surgiu a partir do Instituto
dos Surdos-Mudos, fundado em 1857 como primeira escola para surdos no Brasil –
atualmente denominado Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES). Ela é o
resultado da mistura da Língua de Sinais Francesa com a língua de sinais
brasileira antiga, já usada pelos surdos das várias regiões do Brasil.
O
novo idioma, entrou para vida de Álvaro Carvalho, diferente do que todos acham,
já que a maioria das pessoas se interessam pelo assunto, por serem ou terem
familiares com as necessidades especiais de comunicação. Álvaro, não porta
deficiência auditiva e nem tem familiar na mesma condição. Tudo aconteceu por
conta de um concurso público que realizou para trabalhar na Prefeitura
Municipal de Resende em 2012. Na ocasião, foi encaminhado para atuar como
inspetor de alunos na Escola Bilíngüe, que acabou aprendendo a língua com os
alunos, e então resolveu em 2013, realizar o curso profissionalizante em
Libras, promovido pela Prefeitura. Em 2014, após prestar uma prova de
capacitação técnica no CAS ( Centro de Atendimento ao Surdo), no Rio de janeiro
habilitou-se profissionalmente.
Percebendo
a importância deste conhecimento para melhorar a comunicação pessoal como um
todo e ainda proporcionar a oportunidade da criação de novos profissionais para
um mercando em franco expansão, Álvaro e Thaís resolvem repassar seus
conhecimentos através do Curso.
O
curso será realizado com a participação da Pedagoga Thais Fontes, que também é
interprete formada pela UNINTESE e tem duração de 10 meses, com mensalidades no
valor de R$ 130,00 (cento e trinta reais), sem taxa de matrícula. As aulas acontecerão
em encontros semanais, (sextas-feiras, de 18 às 20 horas) e (sábados de 09 às
11 horas).
A
emissão da certificação para os que concluintes do curso, ficará a cargo do
Curso Técnico do Colégio Agulhas Negras.
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